MAIAS
Uns dos mais antigos povos da Mesoamérica estavam localizados em uma região que atualmente ficam os países, Belize, Guatemala, Honduras e México.
Existe um paradoxo em relação aos Maias, porque apesar de suas construções demonstrarem um conhecimento técnico muito avançado, pouco se sabe sobre esses povos. Sabe-se que a ocupação da região ocorreu em 2500 anos atrás.
A escrita era hieroglífica, com mais de 700 caracteres, as construções eram marcadas pelo uso religioso e cerimonial, o uso da abóboda e o saber astronômico e matemático.
A organização urbana Maia ocorreu, tendo como principal centro irradiador o templo, não eram cidades mercantis ou artesanais, mas religiosas.
De 300 a 900 a sociedade Maia conheceu o seu apogeu, organizados em castas, ligadas por parentescos, se diferenciavam através da indumentária. Consubstanciadas em sacerdotes, militares, comerciantes, artífices e camponeses, também os escravos por se situarem a margem do parentesco, eram resultados de capturas, guerras, dívidas e delinqüência, acabavam por se transformar em uma casta hereditária.
Diferente do que é comum dizer, os Maias não eram dirigidos por uma elite inculta e pacífica. Eram belicosos e mesmo cruéis com seus prisioneiros, a sua estrutura político-administrativa, inspirado no mando exercido pelas linhagens principais. Os cargos eram hereditários e quando na falta do varão poderia ser exercido por uma mulher.
Não é correto afirmar que os Maias formaram um império, eram unidades religiosas autônomas, subordinada a um governante e aos seus conselheiros.
No plano econômico os Maias tiravam o máximo de proveito de suas terras, com precários instrumentos utilizados, o trabalho braçal era valorizado em detrimento de instrumentos agrícolas e animais de carga.
O milho era o principal alimento e com ele eram extraídos outros subprodutos. A colheita, boa parte era do dirigente, ficando uma parcela com seu plantador. Não havia comércio no interior das unidades urbanas, trocas eram feitas quando ocorria a necessidade por sal, plumas e jades. Outra característica da economia era a contribuição individual, justificada por caráter religioso. A religião Maia foi uma arma política para dominar os camponeses, que uma vez auto-suficientes, não precisavam do governo para sobreviver.
Para os Maias os Deuses possuíam poderes ilimitados, habilitando alguns de possuir a leitura da ordem cósmica, utilizando-as para o bem ou para o mal. Os rituais incluíam sacrifícios humanos, oferendas e outras práticas.
Eram conhecedores da astronomia e da matemática, sendo um dos povos que primeiro utilizou o zero. Possuíam dois calendários, um civil-religioso, com 260 dias e lunar, outro com 365 dias, divididos em 18 meses com 20 dias cada e mais 5 complementares, esses calendários coincidiam a cada 50 anos, o marcava o fim de uma Era Maia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário